O médio do Internacional, Edenilson, 32 anos, acusou Rafael Ramos, lateral português do Corinthians, de insultos raciais durante o empate (2-2) entre as duas equipas na noite de sábado, no Estádio Beira-Rio, a contar para a sexta jornada do Brasileirão.
Na primeira entrevista depois dos acontecimentos, o jogador abordou a polémica, no caso após o jogo com os colombianos do Independiente Medellín, para a Copa Sul-Americana, esta madrugada, no qual marcou os dois golos do desafio.
«Fui bastante julgado, chamaram-me de tudo, inclusivamente de ser mentiroso é surdo. É fácil os fatos serem distorcidos. As imagens estão aí para ser analisadas. A única coisa que espero é que não me julguem, não quis falar, na altura, em conferência de imprensa por respeito a carreira do rapaz, assim como não entendi as razões que o levaram a insultar-me», disse Edenilson.
E prosseguiu, reafirmando a acusação de injurias raciais.
«Gostava de ouvir um pedido de desculpas, que Rafael Ramos assumisse o erro. Sou pai de família, tenho certeza de que ele (Rafael) também tem família no seu país. Esse é a minha forma de ser, tento ser a melhor pessoa possível, não quis julgar ou expor ninguém. Apenas quero que a verdade venha ao de cima. Eu e ele sabemos o aconteceu e o que me disse. Quero que as autoridades intervenham. Tenho certeza do que ouvi, isso nunca vai mudar, jamais poderá ser apagado», assegurou o jogador da equipa de Porto Alegre.
«Tenho muito orgulho da cor da minha cor e respeito todas as outras, porque somos todos iguais. Tenho orgulho da minha educação e dos valores com que que fui educado», finalizou.
O caso passará, agora, por uma perícia de leitura labial, conforme adiantou, recentemente, a Polícia Civil.
Na esfera desportiva, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva solicitou a abertura de um inquérito para apurar a veracidade da denúncia feita pelo centrocampista do Internacional.
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